NÃO SEJA CAPIM

Argemiro Aluísio Karling

Diretor Presidente do Instituto para o Desenvolvimento da
Educação e da Cidadania – IEC e Diretor Pedagógico da FAINSEP

 

Que título esquisito! A inspiração para eu dar o título acima foi um artigo de jornal com o título: “Em briga de elefante, quem sai massacrado é o capim”. No texto, tem a frase: “O povo já é acostumado a ser massacrado pelos elefantes (os políticos), poderia usar o seu direito
mais forte, o voto”.

Vivemos num país democrático. Democracia quer dizer participação de todos. Nós, portanto, somos os responsáveis por ele.

O que garante nossa democracia é a Constituição Federal – CF. Nela, constam nossos direitos e deveres.

Um desses direitos é que nós, cidadãos comuns, podemos apresentar projeto de lei, mediante assinatura de, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional. Isso está previsto no §2º do Artigo 61 da Constituição.

No Brasil, temos, hoje, 141.824.607 eleitores. Assim sendo, com um milhão e meio de assinaturas, podemos apresentar propostas de lei no Congresso Nacional para acabar com a corrupção e a impunidade no país.

Temos proposta apresentada pelo Juiz Federal, Sérgio Moro, e pelo Ministério Público Federal, que investigam crimes de assalto aos cofres públicos. Investigam, mas têm dificuldades para puni-los.

Ultimamente, os noticiários de TV, jornais e revistas divulgam os escabrosos resultados da Operação “Lava Jato”, que investiga a corrupção na Petrobras, maior empresa do país, que é nossa. O total desviado pode chegar a R$ 19 bilhões. Alguns desses criminosos, sozinhos, passaram a mão em mais de R$100 milhões.

Entretanto, há um sujeito muito especial que abocanhou um pouco mais: R$468 milhões. É o ex-senador Luiz Estevão, condenado, em 2006,
a 31 anos de prisão. Porém, está soltinho, como um pássaro voando.

O processo já está com mais de 30.000 folhas. Por quê? É a nossa legislação que permite este absurdo.

O Ministério Público e a Justiça gastam tempo e fortunas para pegar os bandidos, porém a lei permite que eles se safem. Até quando?

 Os jornais publicaram que apenas um pouco mais de 200 mil haviam assinado a “Lista de Apoiamento” para acabar com a corrupção.

Temos, no Brasil, 8,4% de analfabetos reais, que não sabem ler, mais cerca de 30% de analfabetos funcionais. Sabem ler, mas entendem pouco.

Somadas essas duas categorias, mais os analfabetos políticos, eu imaginava termos cerca de 90% de analfabetos políticos no Brasil.

Porém, agora, com esse baixo número de assinaturas para acabar com a corrupção, é possível supor que o índice ultrapasse os 97%.

Os criminosos organizam-se. E os honestos e os éticos omitem-se, fecham-se no egoísmo, ou na covardia.

Estes, questionados para assinar a lista, respondem: “isso não me interessa; não adianta; não quero nem saber; não me meto nesse assunto”. Uma pessoa ao ser questionada: “Então você é a favor da corrupção?”  Respondeu: “Respeito sua opinião”.

As abelhas, para defender sua comunidade, dão a vida, com sua ferroada. Você, para defender o Brasil da corrupção, basta dar o voto.

Podemos nos organizar e nos manifestar. Nesta proposta, nem é necessário se organizar. Basta preencher os dados, assinar e pronto. Não está com o título de eleitor em mãos? Não precisa. Pelo seu CPF e pelo nome da mãe, os organizadores procuram e registram o número do seu título na lista.

Você é cidadão? Então, assine a Lista e convide seus amigos a fazerem o mesmo.

Elaborado em: 28/09/2015

Mais informações no site: http://www.combateacorrupcao.mpf.mp.br/10-medidas

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